Nos últimos anos, tem sido notória a carência de parcerias mais estreitas entre as indústrias biotecnológicas e farmacêuticas com o setor acadêmico. A economia do País tem facultado o investimento de grandes multinacionais em solo nacional, porém ainda inexistem profissionais devidamente qualificados, sobretudo àqueles que possuam, além do profundo conhecimento técnico, a versatilidade e agilidade necessárias no campo dos negócios. Além disso, tem sido demonstrado, por inúmeras experiências em outros países, que a aplicação da Biotecnologia é um caminho seguro e rentável de resolver problemas econômicos e sociais em diversos setores, tais como o de combustíveis, alimentos e insumos para a saúde humana e animal. Este último, sobretudo, merece especial atenção, uma vez que grande parte dos produtos e fármacos biotecnológicos utilizados no Brasil é produzida em outros países, ou dependem total ou parcialmente de tecnologia estrangeira. Visando suprir a deficiência em pessoal qualificado para o trabalho na área de Biotecnologia, voltada, sobretudo, para a saúde humana e animal, propõe-se aqui o Doutorado Profissional em Biotecnologia em Saúde Humana e Animal. AA área de Biotecnologia vem experimentando uma grande expansão nos últimos anos em todo o mundo. No Brasil, tal expansão chega tardiamente, não apenas por falta de investimentos no setor, mas, sobretudo, pela carência de profissionais capacitados para atuar na área. O dinamismo do setor produtivo requer não apenas o conhecimento técnico de alto padrão, mas também o reconhecimento dos processos tecnológicos e legais a serem percorridos até que o produto atinja o mercado e assim alcance seu público-alvo. Cabe ressaltar que o Programa Profissional nas modalidades mestrado e doutorado, envolvendo equipes de múltiplas instituições (em associação ampla). Em um país como o Brasil, que está despertando para seu potencial biotecnológico, a proposta cooperativa de diversas universidades e institutos de pesquisa junto com uma empresa é de grande relevância, passando a atender ao mercado industrial já existente, em estágio inicial ou em criação nas várias regiões envolvidas. Todas as regiões, no entanto, necessitarão de pessoal qualificado, que não apenas entenda a questão tecnológica, mas que possua o conhecimento global do mesmo, incluindo marcos regulatórios e questões legais nacionais e internacionais.